SOBRE OS COMPRADORES COMPULSIVOS
Talvez por causa das festas do fim de ano, tenho tido perguntas sobre Compradores Compulsivos, como defini-los e se existe tratamento para tal transtorno. Não é muito fácil definir compulsão. Todos comem, muitos bebem, todos compram e, entre esses, alguns são comedores compulsivos, bebedores compulsivos, e os que quero mencionar, compradores compulsivos. Podemos distinguir vários estilos de compradores:
1. Por necessidade: compra aquilo que é necessário. Verifica cuidadosamente a utilidade do que vai comprar. Prefere não comprar aquilo que não vai utilizar no tempo presente.
2. Comprador por possibilidade. O que pode vir a ter utilidade vale a pena comprar. Pode comprar coisas que poderiam ser úteis no futuro. Geralmente guarda objetos que comprou, mas nunca utilizou.
3. Compra por desejo. Pode desejar um objeto por muito tempo, até compra-lo. Esse tipo de compra, muitas vezes é a realização de um sonho.
4. Comprador por impulso. Viu, comprou! Compra aqui e agora, mesmo se endividando. Pode ser que se arrependa depois.
Verifique se você identifica a si mesmo ou alguma outra pessoa em um ou mais dos estilos acima. Saiba de antemão que nenhum desses estilos por si só caracteriza o Comprador Compulsivo. Cada um dos quatro estilos compra de acordo com um objetivo que formularam. Compram porque querem comprar. Por definição, o que é deliberado não é compulsivo!
O comprador compulsivo não delibera. Faz um grande esforço para não comprar: “Vive dizendo que não vai comprar e, enquanto diz que não vai comprar, compra descontroladamente!”
São três as condições para esse transtorno aparentemente incompreensível:
1. Um objetivo formulado por sentença negativa, ou, em outras palavras, o objetivo de não comprar. Experimente dizer ou pensar algo como “Não vou comprar aquele par de sapatos vermelhos!” Seu cérebro imediatamente construirá uma imagem de você comprando os tais sapatos e a sua mente inconsciente entenderá que o que está representado na imagem é o seu objetivo. Isso criará uma tendência muito marcante para que você acabe comprando o que você não quer comprar.
2. Uma pessoa significativa que vai sempre te dar conselho para você “não comprar”, sempre te dizer que “você não devia ter comprado”, que você precisa ter cuidado para “não comprar” quando for ao shopping, e coisas assim. Em resumo, é uma pessoa importante para você (mãe, marido, amiga, diretor espiritual, etc.), bem intencionada, que, além de querer orientar a sua vida, reforça o seu diálogo interno negativo e enche você de culpa.
3. A culpa, junto com a importância da pessoa significativa, a quem não se quer decepcionar, reforça o pensamento negativo de “não comprar”, transformando-o numa ideia obsessiva negativa, que perpetua o problema, pela geração da imagem que permanece em conflito com o que é pensado. A pessoa pensa em não comprar e se imagina comprando. O momento da compra produz um alívio desse conflito. O alívio, entretanto, dura apenas um momento!!!
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(O modelo de compulsão para comprar do IBRAPNL foi desenvolvido como um projeto de modelagem de um grupo de alunos do Curso de formação em PNL a que denominamos PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA AVANÇADA PARA PROFISSIONAIS e tem dado importante contribuição a pessoas que querem resolver este transtorno).