LIDAR COM A DISCRIMINAÇÃO E RESPONDER A OFENSAS

Modelagem é o caminho pelo qual a Programação Neurolinguística revela a estrutura da habilidade de alguém. É a técnica das técnicas e propicia ao aplicador tratar cada situação como peculiar. Quem utiliza a PNL profissionalmente está sempre modelando para criar excelências ou para resolver problemas e dificuldades incomuns do dia-a-dia, está sempre conduzindo um projeto de modelagem. Alguns projetos são rápidos, até imediatos, enquanto outros exigem longa duração, pela complexidade do modelo e pela verificação de muitos exemplares, para a compreensão de estruturas não muito óbvias.

Em nosso Instituto estamos há algum tempo modelando pessoas que, se forem discriminadas, por racismo, bullying, homofobia, sexismo, e tantas outras formas discriminatórias, não vão para a posição de vítimas e lidam com o ofensor de forma inesperada, muito diferente dos padrões comuns de resposta. Por exemplo, vi um homem se ofendido por sua raça responder carinhosamente ao racista, acolhendo-o em seu ponto mais fraco para, logo em seguida, conversar com ele sobre sua vulnerabilidade relacionada a seu medo profundo de ser inferior. Vi também um homossexual acolher o homofóbico, de forma muito parecida com o caso do racista, aludindo a seu medo de ser ou parecer homossexual. De uma forma um tanto inesperada, discutiu com ele sobre a dúvida e o medo que o pai dele tinha de que ele, seu filho, fizesse uma escolha homossexual.

Em alguns casos a pessoa que dá a resposta não está diretamente envolvida com a ofensa. Vi um professor, mais ou menos do mesmo modo que os dois casos acima, acolher o líder de bullying e conversar com ele sobre sua vulnerabilidade. O interessante aqui foi que o professor não acolheu a vítima nem assumiu nenhuma posição protetora em relação a ele e praticamente o ignorou.

Vi também vítimas de discriminação atormentarem o ofensor, a ponto de o colocarem em uma situação ridícula, muito desconcertante. Por exemplo, um homossexual respondeu a um homofóbico assim: “Meu amiguinho, não sei qual é o seu problema, mas quero te avisar que, na minha relação com meu parceiro, fazemos um saudável troca-troca. Vai pensando aí, por que se você está querendo brincar comigo, saiba que não faço troca-troca com qualquer um.” Se esfregou no homofóbico que, ao tentar reagir, levou um chute e um empurrão que o derrubou. Tentou levantar e levou u m chute no braço de apoio e caiu de novo... custou muito para levantar, depois de vários golpes de capoeira.

As respostas de aceitação e acolhimento, entretanto, são as mais impactantes, porque são inesperadas. Se o tema te interessar, deixe um comentário ou compartilhe!